
Cientistas alemães anunciaram um importante marco médico após confirmarem o sétimo caso documentado no mundo de remissão a longo prazo do HIV. O avanço envolve um homem de 60 anos tratado no Hospital Charité em Berlim, que permanece sem HIV detectável há mais de sete anos sem o uso de medicamentos antirretrovirais.
Cientistas alemães anunciaram um grande marco médico após confirmarem o sétimo caso documentado de remissão de HIV a longo prazo no mundo. O avanço envolve um homem de 60 anos tratado no Hospital Charité em Berlim, que permaneceu sem a presença detectável do HIV por mais de sete anos sem o uso de medicação antirretroviral.
O paciente foi diagnosticado com HIV pela primeira vez em 2009 e, posteriormente, desenvolveu leucemia mieloide aguda, um câncer sanguíneo que levou os médicos a realizarem um transplante de células-tronco em 2015. Três anos após o procedimento, ele descontinuou a medicação para HIV sob supervisão clínica rigorosa. Desde então, monitoramento intensivo não revelou nenhum sinal de ressurgimento viral em suas amostras de sangue ou tecido.
Este último sucesso reforça o papel de Berlim no centro das pesquisas para cura do HIV, após o caso histórico de Timothy Ray Brown, o original “Paciente de Berlim”, que se tornou a primeira pessoa no mundo a ser curada do HIV em 2008. Ao contrário de casos anteriores que dependiam de doadores com uma rara mutação dupla no gene CCR5, este paciente recebeu células-tronco de um doador portador de apenas uma cópia mutada do CCR5. O sucesso inesperado amplia as possíveis fontes de doadores e desafia suposições anteriores sobre como a resistência ao HIV pode ser alcançada através de transplante.
Os médicos utilizaram quimioterapia agressiva para destruir as células imunológicas infectadas antes de substituir a medula óssea do paciente com células-tronco do doador. Seu sistema imunológico se reconstituiu em um mês, e análises subsequentes não detectaram DNA do HIV no sangue ou no tecido intestinal, sugerindo que os reservatórios ocultos do vírus, considerados há muito tempo como a principal barreira para uma cura, foram efetivamente eliminados. Variações genéticas comuns em populações do norte da Europa também contribuíram para tornar essa abordagem inovadora mais viável do que se acreditava anteriormente.
O caso de Berlim junta-se a outros seis relatados globalmente, todos envolvendo pacientes com cânceres hematológicos que precisavam de transplantes de medula óssea para tratamento vital. Apesar dos resultados notáveis, os cientistas enfatizam que o transplante de células-tronco continua sendo muito arriscado e complexo para ser oferecido amplamente aos milhões de pessoas vivendo com HIV. Em vez disso, cada remissão bem-sucedida oferece pistas críticas que podem, um dia, levar a terapias escaláveis, incluindo edição genética, engenharia imunológica e abordagens direcionadas para desmantelar reservatórios virais latentes sem transplante completo.
Ainda assim, o feito representa mais um passo significativo para entender como o HIV pode ser funcionalmente eliminado do corpo humano. Estudos genômicos e imunológicos em andamento continuam a monitorar o paciente, que permanece sem qualquer medicação antiviral e sem evidência de atividade viral — um resultado que traz novo otimismo científico à longa busca por uma cura para o HIV.
Fonte: mixvale.com
Os artigos nesta categoria são escritos por nossa equipe editorial para mantê-lo informado sobre as últimas notícias de saúde e turismo médico.

December 3, 2025

December 11, 2025